sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Omolu/Obaluaê

                                 O senhor das doenças

É considerado, na Umbanda, como Orixá da Saúde e Chefe da Falange dos Mortos. Socorre nos casos de doenças, protege os hospitais e intui os médicos, além de auxiliar o desprendimento do espírito na sua libertação da veste carnal. Encaminha a alma dos recém-desencarnados, enquanto se utiliza dos fluídos que se evolam do corpo físico para trabalhos de magia. Daí a sua ligação com os cemitérios e cruzeiros, onde se condensam vibrações desse gênero. Muitos julgam-no entidade perniciosa por atuar nesses ambientes, não compreendendo a sublimidade de sua missão que é o amparo prestado aos que estão atravessando o limiar de um plano para outro. Esse é um momento de muita perturbação e quando mais se necessita do auxílio superior.
O Orixá empresta aos seus tutelados uma natureza aparentemente calma, sóbria, responsável e cordata, cabendo a cada um aprofundar e autenticar essas virtudes no seu modo de ser. São tolerantes, ordeiros e até generosos, embora um tanto retraídos e até esquisitos quando lhes apraz. O ponto fraco desses “filhos” está na vaidade, crueldade e frieza.
Como Orixá, é um Espírito Angelical que sacrificialmente trabalha num campo vibratório denso, para orienta e encaminhar os que estão ingressando em plano diferente. Como nada se perde na Natureza, utiliza-se dos fluídos desprendidos do corpo sem vida para desfazer serviços maléficos e ajudar os que continuam no envoltório físico.
A maior parte dos umbandistas, faz sua ligação com outro Orixá, Obaluaiê (ou Abaluaê) , que possui as mesmas funções.
É o santo protetor dos leprosos e afastador de moléstia. Os cães são a ele dedicados.

Sincretismo: Omulu (o pai): São Cipriano - Obaluaiê (o filho): São Lázaro. Em algumas localidades existe o sincretismo de Omulu com São Lázaro e Obaluaiê com São Roque.
Sua Guia: Suas guias são feitas geralmente com contas pretas e brancas
Sua Comida: pipoca estourada em areia do mar, regado com dendê ou com mel
Sua Bebida: Pinga pura ou com mel, vinho tinto e sumo de suas próprias ervas
Suas ervas: : Zínia, folhas de laranja lima, folhas de milho, barba de velho, vassoura preta, velame, sete sangrias, sabugueiro, musgo, manjerona, mamona, espinheira santa, carobinha do campo, assa peixe;
Velas: Preta / branca
Símbolo: Uma cruz negra ou um feixe de palha
Data da comemoração: Omulu: 18/08 - Obaluaiê: 16/08
Dia da Semana: Segunda-feira
Número: 7 e por extensão 13
Saudação: Atôtô! (ao mesmo tempo em que se bate com as pontas dos dedos da mão direita no chão por três vezes. - Significa: “Ele está em terra. Ele está entre nós”).
Local para entregas: redores do cemitério (lado de dentro), cruzeiro.




CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OMOLU-OBALUAIÊ
Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omulu-Obaluaê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista.

Pierre Verger define os filhos de Omolu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.

No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.
                               Mito de Omolu/Obaluaiê

Omolu tinha o rosto muito deformado e a pele cheia de cicatrizes. Por isso, vivia sempre isolado, se escondendo de todos. Certo dia, houve uma festa de que todos os Orixás participavam, mas Ogum percebeu que o irmão não tinha vindo dançar. Quando lhe disseram que ele tinha vergonha de seu aspecto, Ogum foi ao mato, colheu palha e fez uma capa com que Omulú se cobriu da cabeça aos pés, tendo então coragem de se aproximar dos outros. Mas ainda não dançava, pois todos tinham nojo de tocá-lo. Apenas Iansã teve coragem; quando dançaram, a ventania levantou a palha e todos viram um rapaz bonito e sadio; e Oxum ficou morrendo de inveja da irmã, que Omolu recompensou dividindo com ela o poder de controlar eguns (espíritos dos mortos).


4 comentários:

  1. uns meses Atras sonhei com ele ..sem saber que era ele ..deppois de meses em buscar por siteS cheguei em OMULU ..N FREQUENTO A RELIAGIÃO ..MAIS ACREDITO Q ELE VEIO EM MEUS SONHOS PARA ALGUM PROPÓSITO ..N ME RECORDO DO QUE ELE ME DIZIA..FOI EM MEIO A MATA ..PARECIA QUE HAVIA TRIBOS A VOLTA E ERA A NOITE! MUITO ESCURO E NO SONHO EU SO VIA A SUA ROUPA EM DOURADO AMARELA E ERA VOZ DE HOMEM QUE CONVERSAVA COMIGO

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  2. Sonhei que estava sentada no sofa de frente para o corredor que da na cozinha. ele surgiu na minha frente vindo da cozinha. Mesmo com pouca luz na sala, vi seus olhos olhando nos meus olhos, ali parado na minha frente. Seus olhos apareciam atraves das fendas da palha. Olhava seriamente para mim me encarando, quase bravo. Depois deste dia sentia que tinha de ter sua imagem em casa. Graças a ele, obtive várias curas em familia e para outras pessoas tbm. ATOTO OBALUAE...ATOTO

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