Sou guia, sou corrente, egrégora e proteção. Sou chapéu, sou terno, gravata e anel. Sou sertão, sertanejo, carioca, paulista, alagoano e Brasileiro. Sou Mestre, Malandro, Baiano, Catimbozeiro, Exu e Povo de Rua. Sou faca, facão e navalha. Sou armada, cabeçada e rasteira. Sou Lua cheia, sou noite clara, sou céu aberto.
Sou o suspiro dos oprimidos, sou a fé dos abandonados. Sou o pano que cobre o mendigo, sou o mulato que sobe o morro e o Doutor que desce a favela.
Sou Umbanda, Catimbó e Candomblé. Sou porta aberta e jogo fechado. Sou Angola e sou Regional.
Sou cachimbo, sou piteira, cigarro de palha e fumo de corda. Sou charuto, sou tabaco, sou fumo de ponta, sou brasa nos corações dos esquecidos.
Sou jogo de rua, sou baralho, sou dado e dominó. Sou cachetinha, sou palitinho, sou aposta rápida. Sou truco, sou buraco e carteado.
Sou proteção ao desamparado, sou o corte da demanda e a cura da doença.
Sou a porta do terreiro, sou gira aberta e gira cantada.
Sou ladainha, sou hino, sou ponto, sou samba e dou bamba.
Sou reza forte, sou benzimento, sou passe e transporte.
Sou gingado, sou bailado, sou lenço, sou cravo vermelho e sou rosas brancas.
Sou roda, sou jogo, sou fogo. Sou descarrego, sou pólvora, sou cachaça e sou Jurema.
Sou lágrima, sou sorriso, sou alegria e esperança.
Sou amigo, parceiro e companheiro.
Sou Magia, sou Feitiço, sou Kimbanda e sou demanda.
Sou irmão, sou filho, sou pai, amante e marido. Sou Maria Navalha, Sou Zé Pretinho, sou Tijuco Preto e sou Camisa Preta.
Sou sobrevivência, sou flexibilidade, sou jeito, oportunidade e sabedoria.
Sou escola, sou estudo sou pesquisa e poesia.
Sou o desconhecido, sou o homem de história duvidosa, mas sou a história de muitos homens.
Sou a vida a ser vivida, sou palma a ser batida, sou o verdadeiro jogo da vida:
Eu Sou Zé Pilintra!
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
O Preto velho chorou
Não chorou porque sofreu muito antes de partir, chorou por ver seus filhos não combinarem.
Não chorou pelos cortes da chibatas em seu peito, chorou por não entenderem a mensagem
Não chorou por tirarem-lhe a liberdade, chorou pela desunião dos filhos da terra.
Não chorou pelo termino da vela acesa, chorou pela falta de luz para iluminar seus filhos queridos.
Não chorou por ter que caminhar lentamente pela sua idade, chorou pelos caminhos errados dos passos dos filhos amados.
Não chorou por ter apagado seu cachimbo, chorou porque o vento da incompreensão apagou a sensibilidade na alma dos amigos presentes.
Não chorou pela caminhada que outrora fizera, chorou pelos caminhos confusos escolhidos pelos humanos.
Não chorou pela água derramada aos seus pés, chorou pela impureza da água derramada pelos filhos sem necessidade.
Não chorou pela paz do mundo, chorou por ser seus filhos serem as pessoas causadoras das guerras.
Não chorou simplesmente em um lugar qualquer, chorou ao pé do conga, em baixo dos braços de nosso Pai, no chão imantado com sua luz, no banquinho agraciado por Jesus, segurando a pequena bengala feita de um tronco de arvore, que outrora ajudou-o a dirigir-se aos necessitados em busca de alivio de suas dores.
Por isso o Preto Velho chorou.
Autor Emidio de Ogum
Não chorou pelos cortes da chibatas em seu peito, chorou por não entenderem a mensagem
Não chorou por tirarem-lhe a liberdade, chorou pela desunião dos filhos da terra.
Não chorou pelo termino da vela acesa, chorou pela falta de luz para iluminar seus filhos queridos.
Não chorou por ter que caminhar lentamente pela sua idade, chorou pelos caminhos errados dos passos dos filhos amados.
Não chorou por ter apagado seu cachimbo, chorou porque o vento da incompreensão apagou a sensibilidade na alma dos amigos presentes.
Não chorou pela caminhada que outrora fizera, chorou pelos caminhos confusos escolhidos pelos humanos.
Não chorou pela água derramada aos seus pés, chorou pela impureza da água derramada pelos filhos sem necessidade.
Não chorou pela paz do mundo, chorou por ser seus filhos serem as pessoas causadoras das guerras.
Não chorou simplesmente em um lugar qualquer, chorou ao pé do conga, em baixo dos braços de nosso Pai, no chão imantado com sua luz, no banquinho agraciado por Jesus, segurando a pequena bengala feita de um tronco de arvore, que outrora ajudou-o a dirigir-se aos necessitados em busca de alivio de suas dores.
Por isso o Preto Velho chorou.
Autor Emidio de Ogum
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
TEU CARMA
Tuas ações, atos e atitudes geram ações, atos e atitudes.
Teu carma é o efeito daquilo que causaste.
Modifica teu carma, mudando tuas ações.
Ao transformares teu modo de Ser, transformarás as
reações na tua existência.
Quem joga rosas é a primeira pessoa a se perfumar.
Quem atira lama, é o que mais se enlameia.
Podes modificar o teu carma, aceitando o teu hoje,
e reprogramando tuas atitudes desagradáveis.
Ninguém te machuca, tu é que te machucas, mas não
percebes; por isso acusas os outros.
Ninguém te faz infeliz, tu é que esperas que os outros
te façam feliz.
A Lei do Retorno faz com que tudo sempre volte ao ponto
de partida.
Logo, é importante lembrares que:
se mudares tuas ações, estarás mudando o teu carma;
erros acontecem para ensinar;
edificação íntima requer esforço pessoal;
daquilo que deste, receberás multiplicado.
Teu carma é o efeito daquilo que causaste.
Modifica teu carma, mudando tuas ações.
Ao transformares teu modo de Ser, transformarás as
reações na tua existência.
Quem joga rosas é a primeira pessoa a se perfumar.
Quem atira lama, é o que mais se enlameia.
Podes modificar o teu carma, aceitando o teu hoje,
e reprogramando tuas atitudes desagradáveis.
Ninguém te machuca, tu é que te machucas, mas não
percebes; por isso acusas os outros.
Ninguém te faz infeliz, tu é que esperas que os outros
te façam feliz.
A Lei do Retorno faz com que tudo sempre volte ao ponto
de partida.
Logo, é importante lembrares que:
se mudares tuas ações, estarás mudando o teu carma;
erros acontecem para ensinar;
edificação íntima requer esforço pessoal;
daquilo que deste, receberás multiplicado.
Outras casas
Frequentar outros terreiros faz bem ao umbandista. Mais do que mostrar certo e errado é uma ótima chance para troca de experiências que só fortalece a Umbanda. Temos muito para aprender com nossos irmãos de norte a sul do País e isso não diminui de forma alguma nossa participação em um determinado local que já frequentamos. As portas devem estar sempre abertas a todos!
sábado, 12 de novembro de 2011
UMBANDA, QUEM ÉS?
SOU A FUGA PARA ALGUNS, A CORAGEM PARA OUTROS.
SOU O TAMBOR QUE ECOA NOS TERREIROS, TRAZENDO O SOM DAS SELVAS E DAS SENZALAS.
SOU O CÂNTICO QUE CHAMA AO CONVÍVIO SERES DE OUTROS PLANOS.
SOU A SENZALA DO PRETO VELHO, A OCARA DO BUGRE, A CERIMÔNIA DO PAJÉ;
A ENCRUZILHADA DO EXU, O JARDIM DA IBEIJADA, O NIRVANA DO HINDU E O CÉU DOS ORIXÁS.
SOU O CAFÉ AMARGO E O CACHIMBO DO PRETO VELHO, O CHARUTO DO CABOCLO E DO EXU;
O CIGARRO DA POMBA-GIRA E O DOCE DO IBEJI.
SOU GARGALHADA DA PADILHA, O REQUEBRO DA CIGANA, A SERIEDADE DO TRANCA-RUA.
SOU O SORRISO E A MEIGUICE DE MARIA CONGA E DE CAMBINDA;
A TRANQUINADA DE MARIAZINHA DA PRAIA E A SABEDORIA DE URUBATÃO.
SOU O FLUÍDO QUE SE DESPRENDE DAS MÃOS DO MÉDIUM LEVANDO A SAÚDE E A PAZ.
SOU O ISOLAMENTO DOS ORIENTAIS ONDE O MANTRA SE MISTURA AO PERFUME SUAVE DO INCENSO.
SOU O TEMPLO DOS SINCEROS E O TEATRO DOS ATORES.
SOU LIVRE. NÃO TENHO PAPAS. SOU DETERMINADA E FORTE.
MINHAS FORÇAS? ELAS ESTÃO NO HOMEM QUE SOFRE E QUE CLAMA POR PIEDADE, POR AMOR, POR CARIDADE.
MINHAS FORÇAS ESTÃO NAS ENTIDADES ESPIRITUAIS QUE ME UTILIZAM PARA SEU CRESCIMENTO.
ESTÃO NOS ELEMENTOS. NA ÁGUA, NA TERRA, NO FOGO E NO AR;
NA PEMBA, NA TUIA, NA MANDALA, DO PONTO RISCADO.
ESTÃO FINALMENTE NA TUA CRENÇA, NA TUA FÉ, QUE É O ELEMENTO MAIS IMPORTANTE NA MINHA ALQUIMIA.
MINHAS FORÇAS ESTÃO EM TI, NO TEU INTERIOR, LÁ NO FUNDO NA ÚLTIMA PARTÍCULA DA TUA MENTE, ONDE TE LIGAS AO CRIADOR.
QUEM SOU? SOU A HUMILDADE, MAS CRESÇO QUANDO COMBATIDA.
SOU A PRECE, A MAGIA, O ENSINAMENTO MILENAR, SOU CULTURA.
SOU O MISTÉRIO, O SEGREDO, SOU O AMOR E A ESPERANÇA.
SOU A CURA. SOU DE TI. SOU DE DEUS. SOU UMBANDA.
SÓ ISSO. SOU UMBANDA.
SOU O TAMBOR QUE ECOA NOS TERREIROS, TRAZENDO O SOM DAS SELVAS E DAS SENZALAS.
SOU O CÂNTICO QUE CHAMA AO CONVÍVIO SERES DE OUTROS PLANOS.
SOU A SENZALA DO PRETO VELHO, A OCARA DO BUGRE, A CERIMÔNIA DO PAJÉ;
A ENCRUZILHADA DO EXU, O JARDIM DA IBEIJADA, O NIRVANA DO HINDU E O CÉU DOS ORIXÁS.
SOU O CAFÉ AMARGO E O CACHIMBO DO PRETO VELHO, O CHARUTO DO CABOCLO E DO EXU;
O CIGARRO DA POMBA-GIRA E O DOCE DO IBEJI.
SOU GARGALHADA DA PADILHA, O REQUEBRO DA CIGANA, A SERIEDADE DO TRANCA-RUA.
SOU O SORRISO E A MEIGUICE DE MARIA CONGA E DE CAMBINDA;
A TRANQUINADA DE MARIAZINHA DA PRAIA E A SABEDORIA DE URUBATÃO.
SOU O FLUÍDO QUE SE DESPRENDE DAS MÃOS DO MÉDIUM LEVANDO A SAÚDE E A PAZ.
SOU O ISOLAMENTO DOS ORIENTAIS ONDE O MANTRA SE MISTURA AO PERFUME SUAVE DO INCENSO.
SOU O TEMPLO DOS SINCEROS E O TEATRO DOS ATORES.
SOU LIVRE. NÃO TENHO PAPAS. SOU DETERMINADA E FORTE.
MINHAS FORÇAS? ELAS ESTÃO NO HOMEM QUE SOFRE E QUE CLAMA POR PIEDADE, POR AMOR, POR CARIDADE.
MINHAS FORÇAS ESTÃO NAS ENTIDADES ESPIRITUAIS QUE ME UTILIZAM PARA SEU CRESCIMENTO.
ESTÃO NOS ELEMENTOS. NA ÁGUA, NA TERRA, NO FOGO E NO AR;
NA PEMBA, NA TUIA, NA MANDALA, DO PONTO RISCADO.
ESTÃO FINALMENTE NA TUA CRENÇA, NA TUA FÉ, QUE É O ELEMENTO MAIS IMPORTANTE NA MINHA ALQUIMIA.
MINHAS FORÇAS ESTÃO EM TI, NO TEU INTERIOR, LÁ NO FUNDO NA ÚLTIMA PARTÍCULA DA TUA MENTE, ONDE TE LIGAS AO CRIADOR.
QUEM SOU? SOU A HUMILDADE, MAS CRESÇO QUANDO COMBATIDA.
SOU A PRECE, A MAGIA, O ENSINAMENTO MILENAR, SOU CULTURA.
SOU O MISTÉRIO, O SEGREDO, SOU O AMOR E A ESPERANÇA.
SOU A CURA. SOU DE TI. SOU DE DEUS. SOU UMBANDA.
SÓ ISSO. SOU UMBANDA.
Zé Pelintra na Umbanda
Um mistério na umbanda,esse guia que é muito conhecido na Umbanda.
Sua primeira aparição foi no Catimbó,antiga religião onde se fazia muito feitiço,uma religião muita pesada,com muitas cargas negativas,essa religião se usava muito vodum,aqueles bonecos que simbolizavam pessoas,onde se colocava alfinetes nela como se tivesse maltratando-a .Os guias que se manifestavam nessa religião eram chamados de mestres,Mestre Zé Pilintra ,por exemplo.
Na Umbanda ele se manifesta tanto na direita(guias como preto velho,baianos,etc..) e esquerda(exus).
Na direita ele vem na linha de baianos e pretos velhos ,fuma cigarro de palha,bebe batida de coco,pinga coquinhos ou simplesmente cachaça,sempre com sua tradicional vestimenta.Calça Branca,sapato branco(ou branco e vermelho),seu terno branco,sua gravata vermelha, seu chapéu branco com uma fita vermelha ou chapéu de palha e finalmente sua bengala.
Gosta muito de ser agradado com presentes,festas,ter sua roupa completa,é muito vaidoso,os Zé Pilintra ,tem duas características marcante:
Uma é de ser muito brincalhão ,gosta muito de dançar,principalmente chachado,gosta muito da presença de mulheres,gosta de elogia-las ,etc...
Outra é ficar mais sério ,parado num canto assim como sua imagem,gosta de observar o movimento ao seu redor mas sem perder suas características.
Ponto de Zé Pelintra
Zé Pilintra, Zé Pilintra
Boêmio da madrugada
Vem na linha das Almas
e também na encruzilhada
O amigo Zé Pilintra
que nasceu lá no sertão
Enfrentou a Boêmia
Com seresta e violão
Hoje na lei de Umbanda
Acredito no Senhor
Pois sou seu filho de fé
Pois tem fama de doutor
Com magias e mirongas
Dando forças ao terreiro
Saravá seu Zé Pilintra
O amigo verdadeiro
Oração a Zé Pelintra |
Salve Deus Pai criador de todo o Universo. Salve Oxalá Força Divina do Amor, exemplo vivo de abnegação e carinho. Bendito seja o Senhor do Bonfim. Salve Zé Pelintra, mensageiro de Luz, guia e protetor de todos aqueles que em nome de Jesus Cristo, praticam a caridade. Dai-nos Zé Pelintra, o sentimento suave que se chama misericórdia, Dai-nos o bom conselho, Dai-nos apoio, instrução espiritual que necessitamos, Para dar aos nossos inimigos, O amor e a misericórdia, que lhe devemos pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, Para que todos os homens sejam felizes na terra, e possam viver sem amarguras, sem lágrimas e sem ódios. Tomai-nos Zé Pelintra sob vossa proteção, desviai-nos dos espíritos atrasados e obsessores, enviados por nossos inimigos encarnados e desencarnados e pelo poder das trevas. Iluminai nosso espírito, nossa alma, nossa inteligência e nosso coração abrazando-nos na chama do vosso amor por nosso Pai Oxalá. Valei-nos Zé Pelintra nesta necessidade, concede-nos a graça do vosso auxílio junto ao Nosso Senhor Jesus Cristo, em favor deste pedido ( faz-se o pedido ). E que Deus nosso Senhor em sua infinita misericórdia, nos cubra de bênçãos e aumente a vossa luz e vossa força, Para que mais e mais possa espalhar sobre a terra a caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo. |
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Pomba gira
O termo Pombo-Gira é corruptela do termo "Bombogira" que significa em Nagô, Exu. A origem do termo Pomba-Gira, também é encontrada na história.No passado, ocorreu uma luta entre a ordem dórica e a ordem iônica. A primeira guardava a tradição e seus puros conhecimentos. Já a iônica tinha-os totalmente deturpados. O símbolo desta ordem era uma pomba-vermelha, a pomba de Yona. Como estes contribuíram para a deturpação da tradição e foi uma ordem formada em sua maioria por mulheres, daí a associação.
Se Exu já é mal interpretado, confundindo-o com o Diabo, quem dirá a Pomba-Gira? Dizem que Pomba-Gira é uma mulher da rua, uma prostituta. Que Pomba-Gira é mulher de Sete Exus! As distorções e preconceitos são características dos seres humanos, quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os.
Pombo-Gira é um Exu Feminino, na verdade, dos Sete Exus Chefes de Legião, apenas um Exu é feminino, ou seja, ocorreu uma inversão destes conceitos, dizendo que a Pombo-gira é mulher de Sete Exus e, por isso, prostituta.É claro que em alguns casos, podem ocorrer que uma delas, em alguma encarnação tivesse sido uma prostituta, mas, isso não significa que as pombo-giras tenham sido todas prostitutas e que assim agem.
A função das pombo-giras, está relacionada à sensualidade. Elas frenam os desvios sexuais dos seres humanos, direcionam as energias sexuais para a construção e evitam as destruições.
A sensualidade desenfreada é um dos "sete pecados capitais" que destroem o homem: a volúpia. Este vicio é alimentado tanto pelos encarnados, quanto pelos desencarnados, criando um ciclo ininterrupto, caso as pombo-giras não atuassem neste campo emocional.
As pombo-giras são grandes magas e conhecedoras das fraquezas humanas. São, como qualquer exu, executoras da Lei e do Karma. São espíritos alegres e gostam de conversar sobre a vida. São astutas, pois conhecem a maioria das más intenções.
Devemos conhecer cada vez mais o trabalho dos guardiões, pois eles estão do lado da Lei e não contra ela. Vamos encará-los de maneira racional e não como bichos-papões. Eles estão sempre dispostos ao esclarecimento. Através de uma conversa franca, honesta e respeitosa, podemos aprender muito com eles.
Ponto de Pomba gira
Perambulava pelas ruas
Já sem saber o que fazer
Procurava na noite
Uma solução pra tanta dor
Sofrimento e solidão
Então eu clamei ao povo da rua
Que me enviasse no momento alguma ajuda
Pois eu já não tinha forças pra continuar
Quando me virei, vi uma mulher
Na beira da estrada
Trazia uma rosa em sua mão
Um feitiço no olhar
Naquela bela noite de luar
Vislumbrei sua dança com sua saia a rodar
Eu me aproximei e lhe perguntei o que ela fazia na estrada
Ela respondeu: Moço, sou rainha, vim lhe ajudar, sou Maria Padilha!
Salve Maria Padilha!
Quando precisei, oh pombogira, você veio me ajudar
Tu deste outro rumo a minha vida
Hoje eu venho te louvar!"
Perambulava pelas ruas
Já sem saber o que fazer
Procurava na noite
Uma solução pra tanta dor
Sofrimento e solidão
Então eu clamei ao povo da rua
Que me enviasse no momento alguma ajuda
Pois eu já não tinha forças pra continuar
Quando me virei, vi uma mulher
Na beira da estrada
Trazia uma rosa em sua mão
Um feitiço no olhar
Naquela bela noite de luar
Vislumbrei sua dança com sua saia a rodar
Eu me aproximei e lhe perguntei o que ela fazia na estrada
Ela respondeu: Moço, sou rainha, vim lhe ajudar, sou Maria Padilha!
Salve Maria Padilha!
Quando precisei, oh pombogira, você veio me ajudar
Tu deste outro rumo a minha vida
Hoje eu venho te louvar!!
Exú
Exu é entidade de luz (em evolução) com profundo conhecimento das leis magísticas e de todos os caminhos e trilhas do Astral Inferior.
Não tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, com chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.
São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente.
São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina.
Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa, a atividade dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações.
Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é lei maior, e esses espíritos, com aspectos mais bizarros, que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos sub-planos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos. Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo “trabalhos”, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral. São maltas de espíritos delinqüentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que aguardamos neste milênio. Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a sua verdadeira situação.
Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e pequenos “trabalhos”, que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São, na verdade, terreiros de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o nome da Umbanda como outros médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.
Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei. São bondosos, disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos sub-planos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Tem experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral.
Não tem nada a ver com as imagens vendidas nas casas de artigos religiosos, com chifrinhos e rabos... Exu não é o Diabo.
São os guardiões, são os espíritos responsáveis pela disciplina e pela ordem no ambiente.
São trabalhadores que se fazem respeitar pelo caráter forte e pelas vibrações que emitem naturalmente. Eles se encontram em tarefa de auxílio. Conhecem profundamente certas regiões do submundo astral e são temidos pela sua rigidez e disciplina.
Formam, por assim dizer, a nossa força de defesa, pois vocês não ignoram que lidamos, em um número imenso de vezes, com entidades perversas, espíritos de baixa vibração e verdadeiros marginais do mundo astral, que só reconhecem a força das vibrações elementares, de um magnetismo vigoroso, e personalidade forte que se impõem. Essa, a atividade dos guardiões. Sem eles, talvez, as cidades estivessem à mercê de tropas de espíritos vândalos ou nossas atividades estivessem seriamente comprometidas. São respeitados e trabalham à sua maneira para auxiliar quanto possam. São temidos no submundo astral, porque se especializaram na manutenção da disciplina por várias e várias encarnações.
Muitos do próprio culto confundem os Exus com outra classe de espíritos, que se manifestam à revelia em terreiros descompromissados com o bem.
Na Umbanda a caridade é lei maior, e esses espíritos, com aspectos mais bizarros, que se manifestam em médiuns são, na verdade, outra classe de entidades, espíritos marginalizados por seu comportamento ante a vida, verdadeiros bandos de obsessores, de vadios, que vagam sem rumo nos sub-planos astrais e que são, muitas vezes, utilizados por outras inteligências, servindo a propósitos menos dignos. Além disso, encontram médiuns irresponsáveis que se sintonizam com seus propósitos inconfessáveis e passam a sugar as energias desses médiuns e de seus consulentes, exigindo “trabalhos”, matanças de animais e outras formas de satisfazerem sua sede de energia vital. São conhecidos como os quiumbas, nos pântanos do astral. São maltas de espíritos delinqüentes, à semelhança daqueles homens que atualmente são considerados na Terra como irrecuperáveis socialmente, merecendo que as hierarquias superiores tomem a decisão de expurgá-los do ambiente terrestre, quando da transformação que aguardamos neste milênio. Os médiuns que se sintonizam com essa classe de espíritos desconhecem a sua verdadeira situação.
Depois, existe igualmente um misticismo exagerado em muitos terreiros que se dizem umbandistas e se especializam em maldades de todas as espécies, vinganças e pequenos “trabalhos”, que realizam em conluio com os quiumbas e que lhes comprometem as atividades e a tarefa mediúnica. São, na verdade, terreiros de Quimbanda, e não de Umbanda. Usam o nome da Umbanda como outros médiuns utilizam-se do nome de espíritas, sem o serem.
Os espíritos que chamamos de Exus são, na verdade, os guardiões, os atalaias do Plano Astral, que são confundidos com aqueles dos quais falei. São bondosos, disciplinados e confiáveis. Utilizam o rigor a que estão acostumados para impor respeito, mas são trabalhadores do BEM.
São eles os verdadeiros Exus da Umbanda, conhecidos como guardiões, nos sub-planos astrais ou umbral. Verdadeiros defensores da ordem, da disciplina, formam a polícia do mundo astral, os responsáveis pela manutenção da segurança, evitando que outros espíritos descompromissados com o bem instalem a desordem, o caos, o mal. Tem experiência nessa área e se colocam a serviço do bem, mas são incompreendidos em sua missão e confundidos com demônios e com os quiumbas, os marginais do mundo astral.
Ponto de Exú
Deu meia noite em ponto o galo cantou(2x)
Cantou pra anunciar que Tiriri chegou(2x)
Ele vem da Calunga de capa, cartola e tridente na
mão.
Esse Exú de fé é quem nos trás Axé e nos dá proteção.
Ele é Exú Odara e vem nos ajudar,
com seu punhal ele fura, ele corta demanda, ele salva,
ele cura
Exú Amojubá
Laruê
Laruê Exú, Exú Amojubá
Eu perguntei a ele o que é Exú, ele vem me falar
Laruê Exú
Laruê Exú, Exú Amojubá
Eu perguntei a ele o que é Exú ele vem me falar
Exú é caminho, é energia, é vida, é determinação, é
cumpridor da Lei, Exú é esperto, Exú é guardião, Exú é
trabalho, é alegria veloz, Exú é viver, é a magia, é o
encanto, é o fogo, é o sangue na veia vibrando, Exú é
prazer.
Laruê
Laruê Exú, Exú Amojubá
Tras sua falange Exú Tiriri para trabalhar
Laruê Exú
Laruê Exú, Exú Amojubá
Tras sua falange Exú Tiriri para trabalhar.
Vem seu Tranca-Ruas, Maria Padilha e Exú Marabô
Sete Encruzilhadas, se Zé Pilintra aqui chegou
Maria Mulambo, Maria Farrapo e Dona Figueira
Dona Sete Saias, Pombogira menina e Rosa Vermelha
Sete Catacumbas, Exú Caveira firmam ponto aqui
e o Exú Capa Preta anunciou a festa do Exú Tiriri
Deu meia noite em ponto!
sábado, 22 de outubro de 2011
Ciganos na Umbanda
Uma Linha de entidades trabalhadas por alguns terreiros de Umbanda
Tem as Festas e as giras muito bonitas, muitos lêem as mãos ou jogam cartas, são serenos, bons aconselhadores e muito bons pra saber algo do destino no sentido de ajudar, principalmente em assuntos de amor, lembrando que nem tudo pode ser dito, pois na vida existem muitas provações e temos que passar por elas, mas com certeza de uma forma ou de outra somos ajudados também por essa bonita e alegre linha.
mas não todos, conhecida também por muitos como fazendo parte da Linha do Oriente.
Os Espíritos Ciganos são também, uma linha de trabalhos espirituais que busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".
São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.
Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.
Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.
Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.
São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e
se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.
Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.
Santa Sara Kali é a Santa do Povo Cigano e sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sara é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.
Ciganos na Umbanda, são espiritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.
Os ciganos em geral, tem seus rituais especificos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais.
Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espirituais, os espiritos ciganos trabalham para a cura de doenças espitiruais também.
Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que alguns deles possam a vir trabalhar na linha de esquerda.
Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial. Afaste as negatividades que porventura estejam querendo me atingir. Senhora, protetora dos Ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo proteja-nos e ilumine nossas caminhadas.
Santa Sara, pela força das águas, pela força da Mãe-Natureza, esteja sempre ao nosso lado com seus mistérios. Nós, filhos dos ventos, das estrelas, da lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os inimigos.
Ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para que tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos cristais. Ajude os necessitados, dê luz para os que vivem na escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados e paz para os intranquilos.
Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor possa entrar em cada lar neste momento. Dê esperança de dias melhores para essa humanidade tão sofrida. Santa Sara milagrosa, protetora do Povo Cigano, abençoe a todos nós, que somos filhos do mesmo Deus.
Muito Axé a todos!
Ponto de Cigana
Ela é uma cigana faceira ela é
Ela é das sete linhas
E não é de candomblé...........bis
Ela vem de muito longe
Seus filhos ajudar
Ela vem de muito longe
Sarava esse Congá
Marinheiro na Umbanda
Eles chegam do mar e desembarcam em terra, sua alegria é contagiante, abraçam a todos, brincando sempre, com aquele jeito meio “maroto”, embriagado. São os Marinheiros, grupo de Espíritos que trabalham na Umbanda em prol da caridade.
Eles conheceram muito bem o mar e a navegação, pois participaram da descoberta de novos mundos através das viagens que empreenderam que duraram anos e anos.
As Entidade de Marinheiro trabalham na Linha de Iemanjá e também de Oxum, que compõem o chamado “Povo da Água”. Seus conselhos e mensagens são sempre cheios de esperança e de fé. Costumam trabalhar em grupos. São fortes, pois enfrentarem guerras e mares agitados, mas também conheceram a calmaria e a bonança.
Dão consultas, passes e também fazem trabalhos fortes de descarrego que envolvam grandes demandas. Em algumas casas, também costumam trabalhar nas giras de desenvolvimento de Médiuns.
Quando dão consultas, essa Falange costuma ir direto ao ponto, sem rodeios, mas também sabem como falar aos consulentes sem criar um clima desagradável ou de medo. Assim, conseguem atingir fundo as almas dos aflitos que costumam procura-los em busca de auxilio e de esperança.
Carregam consigo um sentimento profundo de amizade. Nas consultas, gostam muito de ajudar àquelas pessoas que se apresentam com problemas amorosos. Seus conselhos são sempre fiéis e certeiros, têm uma grande responsabilidade e assumem o compromisso de um trabalho bem-feito.
Todas as pessoas tem uma idéia muitas vezes distorcida desta linha de trabalho. Os marinheiros são em sua grande maioria espíritos que militam a umbanda para dar sustento no campo da diluição de cargas trevosas, outros atuam como elementos de sustentação de trabalhos voltados a curas, atraindo os poderes elementais dos quais estes espíritos de alto grau espiritual, trazem consigo.
Na realidade estes abnegados servidores da lei são verdadeiros “magos que atuam nos mistérios aquáticos” e com uma forma de atuação única dentro dos domínios da umbanda. Como magos, trazem para nós, a possibilidade de nos libertar-mos de nossos entraves, com uma forma bem simpática lidam com os consulentes de forma extrovertida, deixando o assistido muito avontade com trejeitos peculiares desta linha maravilhosa da umbanda.
Muito diferente do que imaginamos, estes irmãos do astral não são e não estão embriagados, como muitos se mostram, na realidade sua forma de balanço é uma maneira de liberar suas ondas energéticas se utilizando do próprio médium.
Como isso ocorre?
Em torno do médium existe um campo de energia sustentado por seus centros de força e, além da energia gerada a partir da energia corpórea, existe um campo espiritual que se reflete em todo o ambiente. Os guias quando encorporados em seus médiuns, dançam, giram, balançam, gesticulam, etc… desta forma os guias liberam não só a energia que se desprende do médium, mas também libera de forma salutar o poder de seu mistério através de ondas magnéticas que são liberadas dentro do campo espiritual do médium e do templo. É desta forma que os marinheiros fazem, em formas onduladas, ou através de seu balanço, que mais parece de uma pessoa embriagada, é que este irmão na luz faz seu trabalho redentor dentro dos campos da Umbanda Sagrada.
É importante que os médiuns e principalmente os assistidos, saibam de tal fato, para que estes não deturpem e não dêem um mal sentido aos trabalhos de Umbanda.
Os marinheiros são sustentados pelo poder de nossa Mãe Iemanjá e sua cor de atuação é a mesma desta mãe Divina, que é o azul claro. Podemos sempre que necessitarmos, ativar o poder destes servidores da lei em nossa vida, acenda sua vela e faça uma prece, pedindo para eles abrirem seus caminhos e protege-los. É maravilhoso.
Todos devem estar sempre com os pensamentos voltados ao Pai Celestial, para que assim a fé interior esteja sempre renovada. Que todos tenham a consciência de que as mudanças só serão possíveis se partirem primeiramente de vosso íntimo e acreditar, lutar pelos vossos idéias. A busca do sucesso depende de vosso próprio esforço, dedicação e merecimento. Portanto, não pare no tempo, cruzando os braços a espera de milagres. Levantem-se, tenham fé, renovem suas esperanças, acreditem no poder do Pai Maior e corram atrás de seus objetivos.
Alimentem vosso espírito com muito amor, esperança e fé para assim projetar a verdadeira essência divina a todos os vossos semelhantes. Vossa mente tem um poder grandioso. Use-a para exercitar o bem, com o objetivo de unirmos nossas forças para estarmos cada vez mais ligados a Deus, receba de braços abertos à energia de todos os Orixás, dos vossos marinheiros que estão o tempo todo a vos ajudar quando solicitados.
Sejam positivos em qualquer situação.
A vida é um espelho. Vigie-a sempre. E lembre-se de que tudo pode quando trazemos “Deus” em nossos corações.
Se você quer o melhor para sua vida, comece fazendo uma reflexão de seus próprios atos, pois muitas pessoas reclamam de determinados acontecimentos em suas vidas, mas esquecem de que tudo tem um porque. Portanto, reflitam sobre vossos pensamentos e atitudes para que não sofra conseqüências negativas.
Ponto de Marinheiro
Eu não sou daqui
Marinheiro sou
Eu não tenho amor
Marinheiro sou
Eu sou da Bahia
Marinheiro sou
De São Salvador
Marinheiro marinheiro
Marinheiro sou
Quem te ensinou a nadar?
Marinheiro sou
Ou foi o tombo do navio
Marinheiro sou
Ou foi o balanço do mar
Marinheiro sou
Lá vem lá vem
Marinheiro sou
Ele vem faceiro
Marinheiro sou
Todo de branco
Marinheiro sou
Com seu bonezinho
Boiadeiros na Umbanda
Os boiadeiros de um modo geral, utilizam chapéus de vaqueiros, laços de corda e chicotes de couro, são ágeis e costumam chegar aos terreiros com sua mão direita levantada, girando, como se estivesse laçando, esbravejando a inconfundível toada "êeeee boi" como se ainda estivessem tocando seu rebanho.
Os Boiadeiros
Estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos na Umbanda.
Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro etc.
Os Boiadeiros representam a própria essência da mistura do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.
Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral. Nas caminhadas tocava seu berrante.
Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.
Segundo alguns estudiosos os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada um (espírito) para seu destino, e trazem os que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do bem.
Os Boiadeiros
Estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos na Umbanda.
Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro etc.
Os Boiadeiros representam a própria essência da mistura do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.
Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral. Nas caminhadas tocava seu berrante.
Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande.
Segundo alguns estudiosos os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada um (espírito) para seu destino, e trazem os que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do bem.
Pontos de Boiadeiro
Cade meu chapéu de couro
meu laço de couro crú
Trançado igual os cabelos
de Jurema e Oxum
Já vesti o meu gibão
Por detrás daquela rede
Olhando pro pasto agora
Vejam o que eu encontrei
Tá faltando um ou faltam três
Boiadeira bota meu boi de reis.
Baianos na Umbanda
Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente, formada por espíritos zombeteiros e mistificadores.
Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma exemplar.
Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número de baianos que está assumindo coroas em várias casas. A alegria que essa gira nos traz é contagiante. Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem soube aproveitar as lições recebidas. Actualmente já temos o conhecimento de que fazem parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético, ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais.
Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que se torne necessário.
Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos resultados surpreendentes.
Quando se fala na Baía, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espiritos agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades.
O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande freqüência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.
Os baianos da Umbanda são pouco presentes na literatura umbandista. Povo de fácil relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e pretos velhos, sua fala é mais fácil de se entender que a fala dos caboclos.
Conhecem de tudo um pouco, inclusive a Quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita desfazendo feitiços, quanto na esquerda.
Quando se referem aos Exus usam o termo "Meu Cumpadre", com quem tem grande afinidade e proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na Tronqueira para algum "trabalho". Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo". Buscam sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão alí "trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão alí para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.
São amigos e gostam de conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando vêem alguma coisa errada.
Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.
Os Baianos na Umbanda são “doutrinados”, se assim podemos dizer, apresentando um comportamento comedido, não xingam, nem provocam ninguém.
Os trabalhos com a corrente dos Baianos, trazem muita paz, passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.
A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.
Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que muda.
Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc.
São grande admiradores da disciplina e organização dos trabalhos.
São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer entidade.
Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma exemplar.
Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número de baianos que está assumindo coroas em várias casas. A alegria que essa gira nos traz é contagiante. Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força digna de quem soube aproveitar as lições recebidas. Actualmente já temos o conhecimento de que fazem parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético, ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais.
Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a qualquer momento em que se torne necessário.
Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos resultados surpreendentes.
Quando se fala na Baía, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espiritos agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades.
O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande freqüência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.
Os baianos da Umbanda são pouco presentes na literatura umbandista. Povo de fácil relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e pretos velhos, sua fala é mais fácil de se entender que a fala dos caboclos.
Conhecem de tudo um pouco, inclusive a Quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita desfazendo feitiços, quanto na esquerda.
Quando se referem aos Exus usam o termo "Meu Cumpadre", com quem tem grande afinidade e proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na Tronqueira para algum "trabalho". Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu pode comigo". Buscam sempre o encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão alí "trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão alí para passarem um pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.
São amigos e gostam de conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando vêem alguma coisa errada.
Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.
Os Baianos na Umbanda são “doutrinados”, se assim podemos dizer, apresentando um comportamento comedido, não xingam, nem provocam ninguém.
Os trabalhos com a corrente dos Baianos, trazem muita paz, passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.
A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.
Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que muda.
Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc.
São grande admiradores da disciplina e organização dos trabalhos.
São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer entidade.
Ponto de Baiano
Baiano bom
Baiano bom
Baiano bom é o que sabe trabalhar
Baiano bom
Baiano bom
Baiano bom é o que sabe trabalhar
Baiano bom
É o que sobe no coqueiro
Tira o coco, bebe a água
e deixa o coco no lugar
Baiano bom
É o que sobe no coqueiro
Tira o coco, bebe a água
e deixa o coco no lugar.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Ibejis na Umbanda
Onibeijada
Na Umbanda IBEJI é conhecido como Orixá-criança, duas divindades gêmeas, sincretizadas aos Santos Católicos Cosme e Damião. Protetor das crianças e determinados para a regência da infância até a adolescência. Abençoam os partos, os lares, trazendo saúde e prosperidade. Estão relacionados a tudo que brota, que se inicia: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas. São associados ao principio da dualidade. Valorizam as brincadeiras, o sorriso, a alegria, a espontaneidade e a ingenuidade; enfim, tudo que se possa associar ao comportamento típico-infantil.
Sabe-se na Umbanda das grande importância de IBEJI e seus rituais: são sempre cultuados para trazerem harmonia, alegria e união.
A IBEJI não se engana nunca, sob pena de quem o fizer, perder o gosto pela vida não vendo nenhuma motivação para a alegria e o prazer. Ao lidarmos com IBEJI não devemos esquecer que estamos em contato com uma energia infantil, a qual não devemos nada prometer se não pudermos cumprir. IBEJI ajuda sempre aos que lhes são simpáticos a troco de nada, no entanto, se prometermos teremos que cumprir.
É importante saber que o Orixá IBEJI não “incorpora” na Umbanda, pois são representados pelas “Crianças” que se manifestam nos Médiuns e gostam de ganhar doces, brinquedos, frutas, etc.
A Gira das “Crianças” é considerada pelos Umbandistas um momento de grande alegria, onde as vibrações de esperança e descontração reafirmam a certeza de que a vida há de ser sempre bela e alegre.
Nota-se a influência de IBEJI no comportamento das pessoas, quando nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram.
Seu dia festivo é 27 de setembro, dia da consagração a São Cosme e São Damião, que eram médicos e dedicaram suas vidas as crianças pobres, sem receberem dinheiro pelos seus serviços. A popularidade desses Santos irritou um cônsul Romano, numa época em que os Cristãos eram perseguidos. Foram presos, torturados e por fim degolados por recusarem a abdicar de sua Fé, isto no ano de 287 durante o Império de Diocleciano.
As cores consagradas a IBEJI na Umbanda são o azul e o rosa, sendo também muito comum o uso de outras cores em suas roupas e obrigações. Gostam de doces. A bebida preferida é o suco de frutas, sendo também aceito o guaraná.
Magia da criança
http://www.assemacuritiba.com/criancas.html
http://umbandafilhosdefe.blogspot.com/2007/08/as-crianas-ers-beijada.html
- Cor...................Rosa e azul
- Domínios.........Parques e jardins
- Atuação...........Contra doenças e feitiços
- Saudação.........Oni beijada!
- Elemento.........Terra
Cosme e Damião são representantes (patronos) da falange das crianças, ou Ibejis.
Acreditamos que Cosme e Damião possam ter iniciado no papel de protetores das crianças a partir da sincretização com os Ibejis, as crianças gêmeas do panteão Iorubá, que também podem ser considerados como "eres".
Preto-Velho na Umbanda
Entidades de luz
A Legião de espíritos chamados "Pretos Velhos" foi formada no Brasil, devido ao torpe comércio do tráfico de escravos arrebanhados da África, idosos mesmo, poucos vieram, já que os escravagistas preferiam os jovens e fortes, tanto para resistirem ao trabalho braçal como às exemplificações com o látego. Porém, foi esta minoria o compêndio no qual os incipientes puderam ler e aprender a ciência e sabedoria milenar de seus ancestrais, tais como o conhecimento e emprego de ervas, plantas, raízes, enfim, tudo aquilo que nos dá graciosamente a mãe natureza. Mesmo contando com a religião, suas cerimônias, cânticos, esses moços logicamente não poderiam resistir à erosão que o grande mestre, o tempo, produz sobre o invólucro carnal, como todos os mortais. Mas a mente não envelhece, apenas amadurece. Não podendo mais trabalhar duro de sol a sol, constituíram-se a nata da sociedade negra subjugada. Contudo, o peso dos anos é implacavelmente destruidor, como sempre acontece. O ato final da peça que encarnamos no vale da lágrima que é o planeta Terra é a morte. Mas eles voltaram. A sua missão não estava ainda cumprida. Precisavam evoluir gradualmente no plano espiritual. Muitos ainda, usando seu linguajar característico, praticando os sagrados rutuais do culto, utilizados desde tempos imemoriais, manifestaram-se em indivíduos previamente selecionados de acordo com a sua ascendência (linhagem), costumes, tradições e cultura. Teriam que possuir a essência intríseca da civilização que se aprimorou após incontáveis anos de vivência.
Quanto aos nomes, há muita controvérsia sobre o fato de o nome do Preto Velho ser uma miscelânea de palavras portuguesas e africanas. Voltemos ao passado, na época que cognominamos "A Idade dasa Trevas" no Brasil, dos feitores e senhores, senzalas e quilombos, sendo os senhores feudais brasileiros católicos ferrenhos (devido à influência portuguesa) não permitia a seus escravos a liberdade de culto. Eram obrigados a aprender e praticar os dogmas religiosos dos amos. Porém eles seguiram a velha norma: contra a força não há resistência, só a inteligência vence. Faziam seus rituais às ocultas, deixando que os déspotas em miniatura acreditassem estar eles doutrinados para o catolicismo, cujas cerimônias assistiam forçados. Desta aparente ambigüidade passaram a colocar em seus Deuses Orixásn os nomes dos santos católicos que mais se assemelhavam, daí o sincretismo.
As crianças escravas recém-nascidas, na época, eram batizadas duas vezes. A primeira, ocultamente, na nação a que pertenciam seus pais, recebendo o nome de acordo com a ceita. A segunda vez, na pia batistal católica, sendo esta obrigatória e nela a criança recebia o primeiro nome do seu senhor, sendo o sobrenome composto de cognome ganho pela Fazenda onde nascera (Antônio da Coroa Grande, exemplo), ou então da região africana de onde vieram ( Joaquim D'Angola, Maria Conga, etc...)
Depois de mortos, passaram a surgir em lugares adequados, principalmente para se manifestarem. Ao se incorporarem, trazem os Pretos Velhos os sinais característicos das tribos a que pertenciam.
Os Pretos velhos, considerados nossos Guias ou Protetores (semi-Orixás), somente pelos Umbandistas, pois na Nação (Candomblés) são considerados Eguns (almas desencarnadas), e decorrente disso, só têm fio de conta (Guia) na Umbanda. Podem usar o preto e branco. O preto porque, quando se morre, fica-se nas trevas e só com o decorrer do tempo e com preces as almas passam a ter luz; e o branco por serem almas e todo espírito ser representado pelo branco. Essas cores são também usadas porque, sendo os pretos velhos almas de escravos, lembram que eles só podiam andar de branco ou xadrez preto e branco, em sua maioria. Temos também a Guia de lágrima de Nossa Senhora, semente cinza com uma palha dentro. Essa Guia vem dos tempos dos cativeiros, porque era o material mais fácil de se encontrar na época dos escravos, cuja planta era encontrada em quase todos os lugares.
Não é nossa intenção publicar letras de pontos cantados, pois em nossa opinião fica um vazio quando não se tem propriamente a música, porém abriremos uma excessão para um ponto que mais parece um hino, um grito de liberdade, de bondade, de fé, de resignação, de agonia, de sentimentos profundos e de glorificação. Esse cântico deveria ser cantado no momento da "chegada" dos pretos velhos, pois seriam uma homenagem justa a tanto que sofreram:
Yorimá, Yorimá, os Pretos Velhos nós vamos saravá
Yorimá, Yorimá, os Pretos Velhos nós vamos saravá
Eles sofreram, mas ensinaram
Com persistência, bondade e fé
Enquanto eles apanhavam
Eles oravam pedindo à proteção
Para o senhor, que os castigavam
Sem piedade e nem coração
Yorimá, Yorimá, os Pretos Velhos nós vamos saravá
Yorimá, Yorimá, os Pretos Velhos nós vamos saravá
A Lei de Zâmbi sempre seguia
Na esperança do seu passamento
Que um dia haveria de vir
Pela bondade de seus pensamentos
Cores: preto e branco
Comemoração: A data de 13 de maio é a data em que foi assinada a Lei Áurea (libertação dos escravos), razão pela qual a Umbanda comemora o dia do Preto Velho.
CONTO DE PRETO
Caminhei com fé e com dor.
Caminhei na fé e no amor.
Caminhei com Deus e Nossa Senhora.
Caminhei no chicote e fui banido de Angola.
Minha vida inteira Caminhei, sonhando em algum dia ser um Rei.
Rei de cor que nunca tive, para fugir do deslize, que não sei se tive.
Eu sou um Preto, sou crioulo, Sou um Preto estimado.
Minha vida foi sempre um Cajado, mais meu amor sempre teve ao meu lado.
Amor de Preto era uma Senhora, que nunca me abandonou, nem mesmo na degola.
Senhora Guerreira e Justiceira.
A Nossa Senhora de ANGOLA.
A Senhora dos Orixás, Mãe de todas as energias vitais, Mãe da natureza Feliz, Mãe dos Mortais e dos Imortais, a Minha Mãe Angola.
Ai que saudade de Angola.
Que agora não vejo mais, pois fui banido da minha Terra, para meus Caminhos de volta, jamais encontrar.
Que Preto sou eu?
Não sei dizer.
Que Preto tu és?
Não sei dizer.
O que sei dizer e que Preto eu sou, e Branco foste tu que me maltratou.
Sem pena e sem dor, e sem Amor.
Mais Branco não tenha mais dó, pois agora finalmente sou Rei.
Rei do meu amor.
Pois morri e acordei na minha Angola.
A Angola de Meu Pai, o Rei Redentor, o Nosso Senhor Deus Salvador.
Angola de Luanda, Huambo e Benguela, Angola de Lobito e Lubango.
Angola do Cristianismo, trazido pelos meus irmãos de cor de Rei, os Brancos Portugueses.
Angola das minhas tradições tribais.
A minha Mãe Angola, o meu Amor.
Caminhei com fé e com dor.
Caminhei na fé e no amor.
Caminhei com Deus e Nossa Senhora.
E nunca mais caminharei no chicote dos Reis de cor, que me baniram de Angola, o meu Amor.
Omolu/Obaluaê
O senhor das doenças
O Orixá empresta aos seus tutelados uma natureza aparentemente calma, sóbria, responsável e cordata, cabendo a cada um aprofundar e autenticar essas virtudes no seu modo de ser. São tolerantes, ordeiros e até generosos, embora um tanto retraídos e até esquisitos quando lhes apraz. O ponto fraco desses “filhos” está na vaidade, crueldade e frieza.
Como Orixá, é um Espírito Angelical que sacrificialmente trabalha num campo vibratório denso, para orienta e encaminhar os que estão ingressando em plano diferente. Como nada se perde na Natureza, utiliza-se dos fluídos desprendidos do corpo sem vida para desfazer serviços maléficos e ajudar os que continuam no envoltório físico.
A maior parte dos umbandistas, faz sua ligação com outro Orixá, Obaluaiê (ou Abaluaê) , que possui as mesmas funções.
É o santo protetor dos leprosos e afastador de moléstia. Os cães são a ele dedicados.
Sincretismo: Omulu (o pai): São Cipriano - Obaluaiê (o filho): São Lázaro. Em algumas localidades existe o sincretismo de Omulu com São Lázaro e Obaluaiê com São Roque.
Sua Guia: Suas guias são feitas geralmente com contas pretas e brancas
Sua Comida: pipoca estourada em areia do mar, regado com dendê ou com mel
Sua Bebida: Pinga pura ou com mel, vinho tinto e sumo de suas próprias ervas
Suas ervas: : Zínia, folhas de laranja lima, folhas de milho, barba de velho, vassoura preta, velame, sete sangrias, sabugueiro, musgo, manjerona, mamona, espinheira santa, carobinha do campo, assa peixe;
Velas: Preta / branca
Símbolo: Uma cruz negra ou um feixe de palha
Data da comemoração: Omulu: 18/08 - Obaluaiê: 16/08
Dia da Semana: Segunda-feira
Número: 7 e por extensão 13
Saudação: Atôtô! (ao mesmo tempo em que se bate com as pontas dos dedos da mão direita no chão por três vezes. - Significa: “Ele está em terra. Ele está entre nós”).
Local para entregas: redores do cemitério (lado de dentro), cruzeiro.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OMOLU-OBALUAIÊ
Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omulu-Obaluaê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista.Pierre Verger define os filhos de Omolu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.
Mito de Omolu/Obaluaiê
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